segunda-feira, 24 de março de 2008

Continuação do fim

















A postagem de hoje é uma continuação da anterior, não necessariamente seguindo uma sequência lógica.

Refletir sobre o processo de criação de Peter Eisenman, é uma tarefa arriscada e tentadora, principalmente porque ele é um arquiteto com uma base filosófica muito forte.Eisenman é tido como o terrorista formal e o pai do desconstrutivismo, seus estudos baseiam-se em personalidades como sigmond Freud e a pisicanálise e o filósofo Jaques Derridá dai já percebe-se que a sua arquitetura vai além.

Certa vez li em sua entrevista que seus projetos sempre surgem de uma idéia sugerida pelo programa, ou do lugar e sua história.Segundo o próprio "Sempre deve se contar com uma idéia prévia sobre o motivo pelo qual se está solucionando um problema". Essas idéias me pareceram mais digeríveis, pode-se perceber que Eisenman é um estudioso da forma mas é um profissional que antes de tudo sabe a importância do lugar e pode muito bem procurar nele sua fonte de processos projetuais.

Sua obra de Santiago de Compostella por exemplo, a cidade da cultura foi concebida através de um estudo de um código vindo do lugar. Eisenman foi buscar suas formas a partir da desconstrução de um símbolo da cultura local, não entrarei em detalhes aqui mas o que mais me chama atenção é o modo como ele consegue externar o seu conceito, seu método, e construir o seu partido com um direcionamento.Seus estudos parecem realmente refletir o lugar. A cidade da cultura concentrará vários prédios e o seu desenho dialoga com a topografia fazendo mensão as rotas medievais. São linhas curvas que passam pelo terreno gerando planos curvos também.



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