quarta-feira, 26 de março de 2008

Daniel Libeskind - Museu Judaico, Berlim

Daniel Libeskind é um arquiteto naturalizado americano de descendência polonesa judaica. Tem projetos diversos, como museus, projetos residências e comerciais. Entre eles está o Museu Judaico em Berlim, inaugurado em 1999. O museu judaico partiu do interesse de reavivar o antigo Museu Judaico em Oranienburger Strabe aberto em 1933 e fechado pelo regime nazista em 1938.

O Museu Judaico chama atenção do observador logo na fachada. Suas janelas se cortam de forma irregular e excêntrica. Ao olhar ligeiro, parece uma arquitetura estranha e sem nexo onde não podemos perceber o que há na parte interna. No entanto, o método de projeto de Libeskind é mais complexo e sentimental que o imaginado. “Uma Matrix irracional e invisivel" (Daniel Libeskind, 1995) Como diz o próprio Libeskind, seu projeto parte de uma Matrix, de um diagrama formado a partir de uma mapa feito com a localização de judeus antes da guerra. Estes pontos então foram conectados , ormando esta “Matrix” que se torna a linguagem de Libeskind no projeto. A parte interna do projeto é cheia de surpresas que, com a criação de perceptos, tentam contar a história dos Judeus na Alemanha e está conectado por um túnel ao museu de História Alemã. Suas áreas internas são extremamente diferentes da de um museu usual. Seu corredores estão cheios de significados. Sem ter uma entrada direta, o visitante deve passar pelo túnel a partir da edificação já existente e chega a um caminho com 3 eixos que representam as 3 realidade da história alemã. O primeiro eixo ligam a escada que chega ás áreas de exibição e o prédio antigo. É o eixo da continuidade. A partir deste eixo os outros dois surgem. O segundo eixo é o eixo da Emigração. Este tem um caminho mais tortuoso que passa por uma porta que leva ao Jardim do Exilo. Este leva tores de concreto a um ângulo de 12° para desorientar o observador, fazendo a referencia ao sentimento dos que foram exilados, mas com o topo com vegetação, representando a esperança. O terceiro é o eixo do Holocausto, que leva á torre do Holocausto, sem saída, que leva em seu caminho objetos de pessoas que passaram pelo mesmo. O edifício então é mais a obra de arte em homenagem á história judaica que o museu. Libeskind parece fazer o projeto com muito respeito e apego ao que é projetado. Cada elemento parece representar um ponto na historia, um sentimento, uma vida.

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